Residualidade, dramaturgia e cultura
o medo da morte e do Além-morte em Gil Vicente e Ariano Suassuna
Palavras-chave:
Residualidade, Dramaturgia, Morte e Medo da Morte, Gil Vicente, Ariano SuassunaResumo
O presente trabalho investigativo revisita a dramaturgia de dois grandes nomes da história do teatro mundial: o teatro medieval português vicentino (Trilogia das Barcas – do Inferno (1517), do Purgatório (1518) e da Glória (1519) –, Auto da História de Deus, Auto da Alma, Comédia Rubena, Auto das Fadas, Nau de Amores, Diálogos Sobre a Ressurreição) e o teatro brasileiro de Ariano Suassuna (Auto da Compadecida, Auto de João da Cruz, As Conchambranças de Quaderna ) -, abordando os elementos significativos e relativos à morte e ao medo da morte. O nosso objetivo é demonstrar que há semelhanças e diferenças residuais na forma de ver, pensar e sentir a morte e o medo da morte no teatro vicentino e no de Suassuna; semelhanças e diferenças oriundas de povos e tempos distantes e que, independentemente do tempo e do espaço, continuaram atualizando-se e se modificando continuamente. Para tal, utilizamos os conceitos de resíduo, hibridismo, cristalização e mentalidade trabalhados pela Teoria da Residualidade sistematizada por Roberto Pontes. Para a orientação da nossa pesquisa investigativa, o método de procedimento utilizado será o comparativo. Buscaremos subsídios no corpus teórico da Literatura Comparada e os mesclaremos aos conceitos operativos da Teoria da Residualidade Literária e Cultural.
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