Auto da gamela sob a perspectiva do conceito barthesiano das forças da literatura

Autores

  • Téssio Stelmatchuk UNICENTRO
  • Edson Santos Silva UNICENTRO

Palavras-chave:

Barthes, Dramaturgia, Semiologia

Resumo

Auto da gamela (1980) é, sem dúvidas, um dos textos mais impactantes do teatro brasileiro – apesar de ainda não merecidamente reconhecido. O presente artigo tem o objetivo de, a partir do conceito barthesiano das três forças da literatura – mathesis, mimesis e semiosis, analisar o texto Auto da gamela, dos escritores Carlos Jehovah e Esechias Araújo Lima, a fim de identificar tais forças numa literatura em permanente revolução. A peça apresenta características singulares no que se refere à literatura nordestina e elementos simbólicos identificados, de modo que a análise dos conceitos sugeridos por Barthes possibilita um aprofundamento reflexivo acerca da realidade regional. Tal análise parte dos textos Aula (1977) e Escritos sobre teatro (1984) nos quais o autor sugere a existência de tais forças e sua relação com a dramaturgia.

Biografia do Autor

  • Edson Santos Silva, UNICENTRO

    Professor Associado da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Unicentro, Paraná, campus Irati, onde atua na graduação do curso de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), Irati e Guarapuava. Possui Doutorado e Mestrado em Literatura Portuguesa, Departamento de Letras e Ciências Humanas, pela Universidade de São Paulo; Pós-Doutorado na Universidade de São Paulo, Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, com o projeto intitulado O machismo na obra de Camilo Castelo Branco, com supervisão do professor doutor Francisco Maciel Silveira. Pós- Doutorado na Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, UNESP- Araraquara, com o projeto intitulado Catão e Um auto de Gil Vicente, de Almeida Garrett; entre a dramaturgia e a história, no período de 1 de dezembro de 2021 a 30 de novembro de 2022, sob supervisão da professora doutora Renata Soares Junqueira. Membro da ALACS, Academia de Letras, Artes e Ciência do Centro-Sul do Paraná, cadeira número 19. Líder do Grupo de pesquisa: Estudos Literários: teoria, crítica e ensino, Área Letras, Unicentro/PR, Irati.

Referências

BARTHES, Roland. Aula. Trad. Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Cultrix, 2007a.

BARTHES, Roland. Escritos sobre teatro. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2007b.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense: 1988.

BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna: Europa 1500-1800. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

HELIODORA, Barbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2015.

JEHOVAH, Carlos; LIMA, Esechias Araújo. Auto da gamela. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.

MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina e outros poemas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2007.

ORTEGA Y GASSET, José. A ideia do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2014.

PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2015.

PRADO, Décio de Almeida. História concisa do teatro brasileiro: 1570-1908. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020.

STEINER, George. Linguagem e silêncio – Ensaios sobre a crise da linguagem. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.

Downloads

Publicado

2023-12-12

Edição

Seção

Artigos