Poesia contemporânea e teatro
um ensaio sobre Rede, de Paula Glenadel
Palabras clave:
Teatro Contemporâneo, Poesia Contemporânea, CríticaResumen
Prosa-poética-teatralizada. Tal é o termo que aqui utilizaremos para desenvolver um breve ensaio a respeito da obra Rede (2014), de Paula Glenadel. A autora de crítica e de poesia, professora da Universidade Federal Fluminense e tradutora, lança-se ao cenário da dramaturgia com a obra aqui em questão. Rede parece figurar como uma digna representante da cena teatral e poética contemporânea, pois transita entre gêneros distintos, que vão da forma teatral e da poesia à crítica de arte, por meio de personagens que atuam como nômades do discurso. As fronteiras entre personagem, texto e discurso social e histórico são borradas, elaborando um panorama espectral entre pensamento e encenação, em que o estranhamento reside não mais na narrativa em si, mas na mutação dela e da relação entre espectador e texto.
Referencias
BARTHES, Roland. Crítica e verdade. Trad. Leyla Perone-Moisés. São Paulo: Editora Perspectiva, 1970.
BAUMGÄRTEL, Stephan. Estratégias de escrita teatral não-dramática e a oficina de dramaturgia no contexto contemporâneo: algumas reflexões preliminares. O Teatro Transcende, Blumenau, v. 16, n. 1, p. 2-11, jan. 2011.
GLENADEL, Paula. Rede. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2014.
GLENADEL, Paula. Théâtres minuscules: poésie contemporaine et éthique. Aletria, Belo Horizonte, v. 3, n. 23, p.87-96, set. 2014.
MAFFESOLI, Michel. Sobre o nomadismo. Trad. Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Record, 2001.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Editora 24, 2005.
ROUBINE, Jean-Jacques. Introdução às grandes teorias do teatro. Trad. André Telles. Zahar: Rio de Janeiro, 2003.
RYNGAERT, Jean-Pierre. Encarnar fantasmas que falam. Trad. Marta Isaacsson. Cena, Porto Alegre, v. 1, n. 6, p. 111-124, jan. 2008.