O fluxo de consciência e o monólogo lírico na peça “Fluxorama”, de Jô Bilac
entre a dramaturgia negra e a poesia
Palavras-chave:
Texto teatral lírico, Vida e morte, Teatro (do) negro, Autoria negra, Teatro brasileiroResumo
Este estudo pretende analisar a peça “Fluxorama”, do dramaturgo brasileiro negro Jô Bilac, escrito e inscrito na obra Dramaturgia Negra. O texto retrata o tamanho do ser humano dentro do universo e o constante conflito entre a vida e a morte, em monólogos que refletem a fluência, o fluxo de consciência de cinco personagens. A forma de expressão, na materialidade do texto, é de caráter lírico, que o coloca como texto dramático e ao mesmo tempo poético. Utilizou-se para tal análise Patrice Pavis e Michel Mauch, ao abordar questões teóricas a respeito das principais características do monólogo e do fluxo de consciência. Abdias do Nascimento e a professora Evani Tavares Lima trouxeram à luz uma importante discussão da dramaturgia negra: a autoria. Ainda apresentamos, um brevíssimo panorama histórico da dramaturgia negra no Brasil, a partir dos estudos de Mirian Garcia Mendes.
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