REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR
O CASO DO DIRETÓRIO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
Resumen
Os órgãos de representação estudantil no Brasil foram, desde há quase um século, alvo constante de regulação e controle por parte do poder público. A representação máxima dessa intervenção foi o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), no qual os estudantes que participavam de movimentos políticos dentro do ambiente acadêmico ficaram sujeitos a situações de perseguição flagrante e até prisão. Com a redemocratização, em 1985, a lei federal vigente até hoje (7.395/1985) garantiu total autonomia de gestão aos órgãos de representação estudantil, entre Diretórios e Centros Acadêmicos e Diretórios Centrais dos Estudantes. A representação estudantil na Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) conta com 30 cursos de graduação presencial. Nesse cenário, o Diretório Acadêmico de Ciências Biológicas (DACBIO) da UNIVASF representa os cerca de 300 estudantes deste curso, tendo alcançado significativa influência durante o período de 2019 a 2021, avaliado neste trabalho. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a percepção dos(as) discentes de Ciências Biológicas da UNIVASF acerca da atuação do DACBIO/UNIVASF entre 2019 e 2021. Um questionário virtual foi aplicado entre este público, mostrando, em seus resultados, altos índices gerais de aprovação para os parâmetros avaliados. De uma maneira geral, percebe-se que o mandato do DACBIO analisado no questionário foi positivamente avaliado pela maioria dos(as) discentes, com destaque para diversas iniciativas de engajamento do corpo discente através de atividades políticas, extracurriculares, e de facilitação de acesso às estruturas representativas, contribuindo para o fortalecimento da representação estudantil na UNIVASF e servindo de modelo para outras associações estudantis.