NECROPOLÍTICA E BRANQUITUDE: BREVES APONTAMENTOS SOBRE A EDUCAÇÃO PARA POPULAÇÃO NEGRA
DOI :
https://doi.org/10.5281/Mots-clés :
Necropolítica, Branquitude, Estudos críticos da branquitudeRésumé
O presente artigo tem como objetivo inicial traçar como os conceitos de necropolítica e branquitude estão relacionados, avaliando se podem ser pensados conjuntamente para compreender a realidade escolar cearense a partir de dados oficiais do Estado do Ceará a respeito da escolaridade de estudantes negros de 16 a 20 anos. Para tal objetivo, o artigo terá como base teórica Michael Focault (2008), Mbembe (2012), Maria Aparecida Bento (2002) e Lia Schucman (2010) e James Holston (2013), permitindo traçar paralelos sobre como a cidadania pode ser interpretada a partir dessa discussão. Os dados apresentados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), referentes aos anos de 2016 a 2020, para que se possa perceber como ocorre esta operacionalização de conceitos. Assim, a questão central que norteia o presente artigo é: como se relacionam biopolítica, necropolítica, branquitude e educação? Para responder à questão, a primeira parte desse texto apresentará os conceitos de biopolítica (Focault, 2008), necropolítica (Mbembe, 2012) e branquitude (Bento, 2002; Vainer, 2010) para, posteriormente, discutir como a educação e a cidadania podem ser compreendidas à luz desses conceitos.
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