ENSINO REMOTO EMERGENCIAL E A SAÚDE MENTAL DE PÓS-GRADUANDOS

O SOFRIMENTO PSÍQUICO DISCENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autores/as

  • Emanoela Thereza Marques de Mendonça Glatz Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Solange Franci Raimundo Yaegashi Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Juan Carlos Sánchez-Huete Centro de Estudios Superiores Don Bosco (CES Don Bosco), Universidad Complutense de Madrid (UCM)
  • Karen de Azevedo Coutinho Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Sharmilla Tassiana de Souza Universidade Estadual de Maringá - UEM

Palabras clave:

Covid-19, Ensino Remoto Emergencial, Pós-graduandos, Saúde mental, Sofrimento psíquico

Resumen

A pandemia de covid-19 afetou, substancialmente, a qualidade de vida e a saúde mental de pessoas por todo o mundo. No Brasil, diante das medidas de isolamento social e do fechamento de comércios e instituições de ensino, o Ministério da Educação (MEC) aprovou o Ensino Remoto Emergencial (ERE), que tencionou substituir aulas em caráter presencial por aulas em formato remoto, até a contenção total da doença. Diante de um modelo de ensino inédito e das desigualdades socioeconômicas que caracterizam à sociedade brasileira, surge a preocupação com a saúde mental de discentes na pós-graduação, considerando que o ambiente acadêmico, por si só, já é fonte de tensões que induzem o sofrimento psíquico. À vista disso, este estudo buscou identificar as dificuldades enfrentadas durante o ERE na pós-graduação, aspirando apurar a correlação entre o inédito modelo de ensino e o sofrimento psíquico discente. A pesquisa de campo, de métodos mistos, foi aprovada pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos (COPEP). O estudo contou com a participação de 77 pós-graduandos de um Programa de Pós-Graduação em Educação de uma universidade estadual paranaense, que preencheram, remotamente, um survey interseccional com 89 questões. Os resultados apontam que cerca de 68% dos pós-graduandos sofrem de ansiedade, 47% acreditam que o ERE avariou, negativamente, a experiência com a pós-graduação, sendo que 39% julgam que o ERE foi nocivo à formação acadêmica. Ao refletir sobre esses dados, concluiu-se que o ERE prejudicou a saúde mental dos pós-graduandos, ao passo em que subsidiou práticas que promoveram sofrimento psíquico à população discente. 

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Biografía del autor/a

  • Emanoela Thereza Marques de Mendonça Glatz, Universidade Estadual de Maringá - UEM

    Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Escola, Família e Sociedade (GEPEFS).

  • Solange Franci Raimundo Yaegashi, Universidade Estadual de Maringá - UEM

    Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Docente do Departamento de Teoria e Prática da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação e do Mestrado Profissional em Educação Inclusiva da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Escola, Família e Sociedade (GEPEFS).

  • Juan Carlos Sánchez-Huete, Centro de Estudios Superiores Don Bosco (CES Don Bosco), Universidad Complutense de Madrid (UCM)

    Doutor em Filosofia e Ciências da Educação pela Universidad Complutense de Madrid (UCM). Docente no Centro de Estudios Superiores Don Bosco (CES Don Bosco), Universidad Complutense de Madrid (UCM). Madrid, España.

  • Karen de Azevedo Coutinho, Universidade Estadual de Maringá - UEM

    Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente da Educação Básica da rede privada de ensino do município de Maringá, PR. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Escola, Família e Sociedade (GEPEFS).

  • Sharmilla Tassiana de Souza, Universidade Estadual de Maringá - UEM

    Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Escola, Família e Sociedade (GEPEFS).

Publicado

2022-08-12

Número

Sección

Ensino Remoto Emergencial e Saúde Mental nas Universidades Brasileiras

Cómo citar

ENSINO REMOTO EMERGENCIAL E A SAÚDE MENTAL DE PÓS-GRADUANDOS: O SOFRIMENTO PSÍQUICO DISCENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA . (2022). Revista De Educação Da Universidade Federal Do Vale Do São Francisco, 12(28), 634-659. https://periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/1873

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